10.12.09

Natal



Mais uma época de consumo desenfreado... Sempre o eterno problema em saber o que se adequa a quem, nos tempos que correm a maioria de nós tem dificuldade em saber o que oferecer. Não precisamos realmente de nada que se possa comprar, acho mesmo que até é triste termos chegado a este ponto.
Pelo segunda vez, resolvi fazer eu algumas das oferendas para este Natal, comecei pelos cachecóis, gostaria de voltar a fazer também umas bolachinhas. Tenho uma imensa pena de não ter dotes culinários e não saber fazer tricot além do ponto básico.

3.12.09

Ceia de Natal

Já falta pouco para o Natal. Vai ser o primeiro da minha vida já sem mãe, pai e avós para me mimar. Nunca fomos muitos sentados à mesa na ceia de Natal, quando era miúda éramos apenas 4, não sei por que razão, mas os meus avós sempre se recusaram a passar a ceia lá em casa, ficávamos só nós e no dia seguinte a minha mãe fazia uma grande trouxa e lá íamos até à casa deles almoçar. Nunca foram almoços muito animados, todos os filhos (excepto a minha mãe), netos e restantes familiares dos meus avós maternos viviam do outro lado do Atlântico, sei que os meus avós sentiam muito a falta de todos eles, apesar de não se falar sobre isso era isso o que se sentia no ar. Eram duas pessoas de ideias fixas, naquela casa nunca houve telefone (faziam questão que assim fosse) o que tornava a distância ainda maior, ansiavam sim, pela vinda do correio para terem notícias. Lembro-me de ver a minha avó com cartas na mão e pedir à minha mãe para as ler... se por um lado ficava feliz, por outro eram as saudades que sentia que a deixavam ficar com os olhos tristes.
Da comida recordo o caldo verde, os rolinhos de carne, o cabrito assado no forno, o arroz doce, a torta de coco (que o meu pai adorava), o bolo rei e o bolo de laranja em forma de coração. Faço questão de ter o caldo verde, o bolo, o arroz doce, as outras iguarias nunca me aventurei a fazer. Dessa forma, pareço ficar mais próxima dos Natais anteriores feitos em família, que recordo com uma enorme saudade.

9.11.09

Mantinha



A minha primeira mantinha de bebé. Tive alguma dificuldade em escolher as cores, a paleta cromática de lãs anti alérgicas não era grande e como queria fugir das cores tradicionais a escolha ficou ainda mais limitada. Esta é para o tão desejado Mateus.

15.9.09

Brasil




Estas fotografias estavam em casa dos meus pais há muitos anos. Desde miúda que me transportavam para um mundo que de certo modo sentia também como meu, isto porque meu avô Ayres era um excelente contador de histórias... Cenas que se passavam na mata e onde animais exóticos e povos indígenas serviam para alimentar a minha imaginação.
Passado tantos anos voltam a ver a luz do dia, tenho de agradecer ao meu irmão por ter abdicado delas. Agora só me falta escolher a parede.
Autor: Três delas "Fotografia Arturo Cuiabá" a outra não tem qualquer referência ao autor da imagem.

10.9.09

Provence II





São mais uns fragmentos do que pude ver na Provence, já viram o vestido feito com um corpete de pedras e o tule de lavanda?

5.9.09

Provence I





Como os olhos também comem... deliciem-se :)



14.8.09

Tarte de abrunhos



                                         

Confesso que os abrunhos não é um dos meus frutos favoritos, mas é uma das frutas que melhor funciona na confecção de tartes e compotas. Podem ver esta receita aqui, basta substituir a maçã pelos abrunhos descaroçados, e fica fantástica se acompanharem com uma bola de gelado de baunilha ou nata.

10.7.09

Chitas


Este saco foi-me oferecido pela Sílvia. Bonito não acham?

6.7.09

Pinhal das artes


Foi durante este fim de semana, que várias famílias se deslocaram à mata de São Pedro de Muel para assistir mais uma vez, a uma iniciativa fantástica da SAMP. Várias tendas temáticas com video-art, fantoches, yoga, música, danças do mundo,didgeridos etc, etc, faziam a alegria de todos. Houve também animais e uma pequena horta onde as crianças podiam replantar alfaces, flores, tomateiros e outras espécies. Há intenção de para o ano o Pinhal das artes ter uma duração maior, prolongar-se por uma semana, e assim desta forma possibilitar a visita das escolas.
Parabéns à SAMP!

2.7.09

Parapeito


Adoro plantas e ervas aromáticas, mas infelizmente nunca tenho bonitos exemplares em casa, falta de jeito, não sei...o Hibísco está repleto de pulgões, a Pachira começou a ficar amarela, tenho esta Violeta em casa há muitos anos e só agora voltou a dar flor ( graças á minha amiga Carla ), o Antúrio só esteve florido quando veio da loja, o Mangericão acabou por secar, enfim uma série de insucessos. Algumas dicas para flores ou plantas para colocar na varanda que suportem a geada do Inverno e sol e calor no Verão?

30.6.09

Serra da Lousã









Um fim de semana destes fomos até á Serra da Lousã, sempre quis vizitar as aldeias serranas ...tão próximo de casa, que é imperdoável nunca o ter feito antes.
Espero que a estrada de terra batida não continue a ser substituida pela de alcatrão, faz parte da viagem percorrer a serra no meio do pó e rodeados por uma flora espectacular, podemos ver muitas cerejeiras, castanheiros, sobreiros, pinheiros, etc. Fomos a algumas aldeias de xisto: Casal Novo, Candal, Cerdeira, Talasnal, Vaqueirinhos e Catarredor. Algumas delas têm vindo a ser recuperadas, estas praticamente não possuem habitantes permanentes, ao contrário das outras onde existem grupos de pessoas de várias nacionalidades, algumas delas fixaram-se ali á alguns anos enquanto que outras permanecem ali por curtos períodos de tempo. Infelizmente não tinha a máquina fotográfica comigo quando fomos a Cerdeira, foi uma das aldeias que mais gostei. Para quem quer passar mais do que um dia aconselho a abastecer-se na Lousã, no Talasnal existe um restaurante fantástico, o "Ti Lena" mas que abre apenas ao fim de semana ( o melhor será também fazer marcação ), uma lojinha de doces regionais "Talasnico", um bar com esplanada com uma vista fantástica "Curral" onde se pode fazer refeições ( apenas por marcação ) e ainda um outro café. Em várias aldeias há casas e quartos para alugar, a preços bem acessíveis.
Fizemos um percurso pedestre que liga o Talasnal á praia fluvial, mas existem vários na serra.
Para quem gosta de conviver de perto com a natureza, aconselho vivamente.

4.6.09

Mais um bebé


Mostro-vos mais uma criação Handmade by popeline para uma menina que nasceu há pouco tempo. Espero que gostes Constança.

28.4.09

Mãe


No primeiro domingo de Maio celebra-se o dia Mãe em Portugal, no Brasil é no segundo Domingo do mesmo mês. É com um poema de Carlos Drummond de Andrade de quero homenagear a minha.

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

23.4.09

Mariana Massarani












Gosto muito de ilustração infantil, quero partilhar convosco o trabalho magnífico de uma autora brasileira chamada Mariana Massarani. Admiro a forma como coloca nos seus desenhos toda a cultura brasileira, os povos indígenas, a fauna e flora. Pena não ter nenhum dos seus trabalhos editados no nosso país, mas ainda não perdi a esperança de poder ter em minhas mãos um dos seus livros.

30.3.09

Manta


No início de Janeiro, como forma de terapia, propus-me fazer uma colcha para a cama do G. Ainda só vai a meio, já gastei muito mais lã e dinheiro do que alguma vez pensei gastar. Não está perfeita, mas vai valer a pena. Quem me ensinou o ponto de crochet foi a minha tia Ilda, perita nestas coisas. Pena não estar perto para me ensinar a fazer os acabamentos...Tenho saudades dela, e quem sabe, talvez nos possamos encontrar novamente para me poder transmitir mais umas dicas para uns novos projectos. Beijos.

6.3.09

spine of god


Ao deambular pela net, acabei por me por a ouvir uma banda norte americana, os Monster Magnet que me foi dada a conhecer por uma grande amiga minha, a F. Não está fora do país, mas seguramente que não nos encontramos há uns 15 anos. Num verão em Odeceixe, fazia a pé o percurso entre o parque de campismo e a praia, colocava o meu walkman e adorava ouvir duas das faixas que tinha na k7, Spine of God e Ozium. Uma estrada de terra batida que serpenteava ao lado da margem direita da ribeira de Odeceixe, onde era possível avistar vacas a pastar, carros de matrícula estrangeira literalmente a cair aos pedaços passavam por nós, paravam e cordialmente nos ofereciam boleia até á foz do rio. Hoje em dia dificilmente me enfiava dentro de um carro de desconhecidos. Ao chegarmos á foz, encontrávamos apenas um bar de praia em madeira e os seus frequentadores, onde se podia beber umas cervejas ao som de boa música e de um ambiente familiar de desconhecidos. O bar ficava a poucos metros da foz, jovens casais com crianças muito pequenas passavam ali o dia, pés pequeninos em equilíbrio em cima das pedras quentes, cães vagueavam lentamente entre as mesas á espera que alguém os lhes passasse a mão pelo pêlo. Estava-se ali o dia inteiro e depois o regresso ao parque. Todo aquele percurso me transportava para umas imagens que tinha visto do Robert Frank. E com aquela banda sonora tudo parecia perfeito mas um pouco surreal, era como se aquele espaço físico nada tivesse a ver com tudo o que lhe estava á volta. Sinto a falta da F. e de todo aquele ambiente, voltei lá uns anos mais tarde e nada daquilo persiste.
nota: a imagem é de Robert Frank

3.3.09

Afectos


É o segundo livro com que fico de quem não teve tempo para os acabar de ler. Passo as mãos pela capa para consolo da minha pele. Não consigo mudar o marcador para outra página, a leitura ficou suspensa á espera que alguém prossiga onde esta parou. Está a fazer um ano que to ofereci, não fui capaz de comprar o banal do perfume, da camisola sem importância… tinha de ser algo que valesse mais que o objecto em si. Já não precisamos de nada…temos as casas ocas repletas de coisas inúteis. Por que não me levas antes até ao campo? Aperta-me a mão! Há quanto tempo não o fazias? Ganhei coragem e escrevi, amo-te. Quando nos resta pouco tempo, temos de dizer tudo o que devíamos ter dito a vida inteira. Aglutinei tudo nessa palavra, como se nela coubesse tudo aquilo que te queria ter dito.
Entreguei-te o livro, agradeceste emocionado. Uns dias depois disseste “não vai ser fácil para mim ler este…”

1.3.09

A arca de Noé I e II




Dois CDs fantásticos com poemas de Vinicius de Moraes, com melodias compostas por Toquinho, Tom Jobim entre outros. Vários cantores da MPB dão voz a estes magníficos poemas, quase todos inspirados em animais, Fagner compõe a melodia e interpreta o Leão, Elba Ramalho traz o sotaque do forró para o Peru, Ney Matogrosso dá voz á Galinha D'Angola, destacar a feínha Corujinha cantada por Elis Regina e os primeiros versos ditos pelo Chico Buarque. São músicas gravadas no inicio dos anos 80, tendo como base um livro editado com 32 poemas com o mesmo nome: "A arca de Noé". Os meus CDs e versão impressa vieram do Brasil, mas espreitem os poemas na net, são lindos!!!

8.2.09

Memórias


Hoje fomos apanhar laranjas. É uma sensação estranha, o estar a colher frutos de uma árvore que o meu avô plantou. Tenho muitas memórias dessas árvores. Vejo o meu irmão a trepar por elas a cima, ficava empoleirado nos ramos e mandava os frutos pelo ar para a minha mãe apanhar, ela por sua vez colocava-os em sacos. Vejo a minha mãe a subir a escada de madeira feita pelo meu avô (e que ainda hoje utilizamos para o mesmo efeito), e lá de cima deixava cair os frutos para que eu os apanhasse. Vejo o meu pai a puxar pelos ramos, sempre o mais cauteloso de todos nós, preferia ficar cá em baixo a arriscar uma queda lá de cima. Era uma actividade que envolvia um certo risco, graças a ela torci um pé, escorreguei de um muro cheio de verdete, custou-me dois longos meses de fisioterapia. Eram rituais que se repetiam todos os anos por esta altura. O ano passado, foi o primeiro Inverno em que o G. se iniciou nesta andança. Hoje era o M. quem subia a escada e o meu irmão quem colocava as laranjas no saco.
Falei das laranjeiras, como podia ter falado desta figueira que fica em casa dos meus avós paternos, também ela portadora de várias memórias da nossa família.
Como somos frágeis...quantos de nós já se foram, e aquelas árvores perduram intocáveis no tempo.

5.2.09

CDs



O G. tem dois CDs que nós cá em casa adoramos, são dois Cds da editora Biscoito Fino, editora que pertence à Maria Bethânia. Um chama-se Samba pras crianças e o outro Forró pras crianças. Os meus vieram do Brasil, mas sei que já é possível encontrar o primeiro nas lojas FNAC no nosso país. Na Biscoito fino é possível adquirir estes Cds num conjunto do qual também faz parte um outro Cd que se chama Contos, cantos e acalantos. Neles pode-se ouvir músicas de origem tradicional brasileira, interpretadas pelos grandes nomes da MPB. Para quem gosta de dançar e independentemente de ser criança ou não acho que são uma boa escolha.

4.2.09

Tapete



Gostava muito deste tapete. Como tenho uma tia com muito jeito para estas coisas (que vive do outro lado do oceano) resolvi mostrar-lho, resolveu fazer um para me oferecer, ficou tão bonito que tenho pena de o ter no chão. Obrigada tia I.